Investir em startups oferece oportunidades únicas de retorno, mas também grandes desafios. À medida que empreendedores buscam transformar ideias inovadoras em realidade, investidores têm a chance de fazer parte dessa história. 

Neste cenário, é claro que investidores e investidoras buscam retorno ao investir nessas empresas. Por isso, trouxemos neste artigo três formas diferentes de retorno para quem investe ou quer investir em startups. Continue a leitura para saber mais.

Como funciona o retorno do investimento em startups?

Quais são as formas de retorno ao investir em uma startup? Essa costuma ser a primeira pergunta que surge na cabeça de quem planeja realizar esse tipo de investimento.

Os investimentos em startups são investimentos de longo prazo, em que você investe em pequenas empresas (startups) que podem estar em estágio inicial, ou mais desenvolvidas e a caminho de se tornar empresas de grande porte. Isto é, elas têm um plano de negócio escalável e potencial de crescimento acelerado e alto.

Ao invés de um retorno mensal na forma de, por exemplo, pagamentos de juros, você como investidor ou investidora de startups busca um retorno muito maior com esse tipo de investimento. Investidores-anjo sabem que só vão realizar esse retorno daqui a, no mínimo, 4 anos — caso a empresa tenha sucesso.

Mas quais são as formas de retorno ao investir em uma startup?

Formas de retorno ao investir em uma startup

Existem três maneiras de remuneração para quem investe em startups:

  1. Aquisição: uma venda da empresa investida para uma companhia maior;
  2. Pagamento de dividendos: distribuição de parte dos lucros de uma empresa às pessoas acionistas;
  3. IPO: uma abertura de capital em uma bolsa de valores.

O cenário mais provável é o primeiro: uma venda (aquisição). Se a startup conseguir crescer e conquistar um mercado significativo, ela pode ficar interessante para uma companhia maior. Quando negociam uma venda para essa companhia, os sócios e sócias da empresa geralmente realizam um lucro substancial.

Exemplo de retorno 

Quando você investe em uma startup, você também tem a possibilidade de realizar esses grandes retornos financeiros por ter entrado cedo na história da empresa, antes de ela crescer a ser uma empresa de grande porte.

Considere o exemplo abaixo, para entender melhor como calcular retorno de investimento:

A empresa ABC oferece a investidores e investidoras 15% de participação societária em troca de R$ 600.000 em uma rodada de investimento antes da rodada de Venture Capital . O valuation da empresa nesse momento é de R$ 4.000.000.

Você investe R$ 40.000 nessa rodada e recebe 1,00% da Empresa ABC.

A tabela considera rodadas subsequentes em que o investidor ou investidora não exerceu seu direito de preferência.

Como a tabela acima mostra, os retornos de um investimento em uma startup podem ser potencialmente muito altos.

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Cases de sucesso — investimentos em startups

Existem vários casos de companhias maiores comprando empresas menores. A Devassa, por exemplo, começou como uma microcervejaria no ano 2000 e depois foi comprada em 2007 pela Schincariol, por R$30 milhões. Nesse momento, todos as pessoas sócias e investidoras da Devassa conseguiram vender as suas partes e receber sua remuneração.

Imagine se você tivesse a oportunidade de investir na Devassa assim que ela surgiu?

Pontos importantes sobre investir em startups

É bom ter em mente que o retorno ao investir em uma startup é de longo prazo, baixa liquidez e de alto risco. Por isso, o investidor e investidora sensata deve investir somente uma parte da sua carteira em investimentos desse perfil (no máximo 10% do patrimônio líquido).

Além disso, também é fundamental ter uma carteira de investimentos diversificada, para distribuir as aplicações entre categorias diferentes de investimento, minimizar o risco de perdas substanciais e garantir mais estabilidade para os rendimentos.

Leia também: 7 maneiras de diversificar seu portfólio de startups

Contudo, o objetivo principal de um investimento em uma startup é realizar grandes ganhos de capital no longo prazo. A ideia é comprar uma parte da startup quando ela ainda está enxuta — e começando a escalar — e, no futuro, conseguir vender sua parte depois da empresa se transformar em uma empresa de grande porte.

É importante destacar que esse 10% do seu patrimônio líquido não deveria ser investido em uma empresa só. Com essa pequena parte da sua carteira de investimento, é importante você construir um portfólio de startups — colocando valores parecidos em várias startups e empresas em crescimento. Essa é a estratégia de sucesso de todo investidor anjo.

Investir em startups requer uma abordagem diferente dos investimentos mais tradicionais. A mentalidade é: “Com esse dinheiro, não vou buscar retornos de 10%, 12% nem 15% por ano. Vou investir nessas empresas que realmente têm potencial de virar empresas de grande porte e, se algumas derem certo, daqui a 4 – 7 anos vou ter retorno de 5 vezes, 10 vezes ou 15 vezes a mais que o dinheiro investido.”

É só fazer as contas com qualquer valor para ver como esse tipo de investimento é atrativo.

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