O mercado financeiro está em constante evolução a fim de proporcionar cada vez mais oportunidades de investimento e crescimento. Nele, os ativos financeiros desempenham um papel fundamental. 

Mas afinal, o que é um ativo financeiro? Ele é um instrumento que representa um valor econômico e pode ser negociado no mercado de diversas formas, tais como ações, títulos de dívida, moedas estrangeiras, entre outros. 

Compreender esses ativos e sua dinâmica é essencial para quem deseja investir e obter retornos financeiros satisfatórios. Neste texto, exploraremos a importância dos ativos financeiros no mundo dos investimentos, como eles funcionam e por que é crucial conhecê-los. Continue a leitura para saber mais!

O que são ativos financeiros?

Os ativos financeiros são instrumentos utilizados para investimento, representando direitos de propriedade ou crédito sobre uma entidade. Eles são utilizados para investimentos que possuem valor econômico, podem ser negociados no mercado, possuem liquidez e estão sujeitos a riscos. 

Eles são essenciais para a diversificação de investimentos e para a formação de uma carteira de ativos e podem ser classificados em diversos tipos, como: ações, títulos de renda fixa, fundos de investimento, derivativos, entre outros.

A definição de ativos financeiros envolve a ideia de que eles possuem valor econômico e podem ser negociados no mercado. Ou seja, são bens ou direitos que podem ser convertidos em dinheiro ou utilizados para gerar renda. Além disso, eles são registrados contabilmente e podem ser avaliados a valor justo, ou seja, pelo preço que seria obtido em uma transação de mercado.

Uma das principais características dos ativos financeiros é a sua liquidez, ou seja, a facilidade com que podem ser convertidos em dinheiro. Alguns ativos, como as ações, podem ser negociados diariamente em bolsas de valores, enquanto outros, como os imóveis, possuem uma liquidez menor, pois demandam um tempo maior para serem vendidos.

Outra característica importante dos ativos financeiros é o risco associado a eles. Alguns ativos, como os títulos de renda fixa emitidos pelo governo, possuem um risco baixo, enquanto outros, como as ações de empresas em fase de crescimento, possuem um risco maior. O risco está relacionado à possibilidade de perda financeira, seja pela desvalorização do ativo ou pela inadimplência do emissor.

Os ativos financeiros também podem gerar rendimentos para o investidor ou investidora, como juros, dividendos ou valorização do preço. Esses rendimentos podem ser periódicos, como no caso dos títulos de renda fixa, ou eventuais, como as ações.

Ativos financeiros — Exemplos

– Ações: são partes de propriedade em uma empresa. Ao possuir ações de uma empresa, você se torna acionista e pode receber dividendos e ganhar com o aumento do valor das ações.

– Títulos: também conhecidos como obrigações, são empréstimos feitos por investidores a governos ou empresas. Quem investe compra títulos e, em troca, recebe juros ao longo do tempo e o valor principal no vencimento.

– Certificados de Depósito (CDs): oferecidos por instituições financeiras e representam um empréstimo que você faz ao banco por um período específico, em troca de juros.

– Fundos de Investimento: são pools de dinheiro de vários investidores e investidoras, administrados profissionalmente. Existem fundos de ações, títulos, imobiliário e outros tipos, que oferecem diversificação e gerenciamento profissional.

– Mercadorias: incluem commodities como ouro, prata, petróleo, entre outros, que podem ser comprados e vendidos como investimentos.

– Moedas: investir em moedas estrangeiras é uma forma de ativo financeiro, conhecida como mercado de câmbio (forex).

– Imóveis: propriedades físicas, como casas, apartamentos e edifícios comerciais, podem ser considerados ativos financeiros quando são adquiridos como investimento.

– Opções: contratos que dão ao comprador o direito, mas não a obrigação, de comprar ou vender um ativo subjacente a um preço específico em uma data futura.

– Derivativos: incluem opções, futuros, swaps e outros instrumentos financeiros cujos valores derivam de um ativo subjacente.

– Poupança e Contas de Mercado Monetário: embora ofereçam taxas de juros relativamente baixas, são considerados ativos financeiros de baixo risco e alta liquidez.

Tipos de ativos financeiros

Existem diversos tipos de ativos financeiros disponíveis no mercado, cada um com suas particularidades, formas de funcionamento e riscos específicos. Vimos alguns exemplos acima, mas citaremos a seguir, alguns dos principais em detalhes:

Ações

As ações representam a menor fração do capital social de uma empresa. Ao comprar ações, a pessoa que investe se torna sócia da empresa e passa a ter direito a participar dos lucros e decisões da companhia. O valor das ações varia conforme a oferta e demanda do mercado, sendo negociadas em bolsas de valores.

Títulos de renda fixa

Os títulos de renda fixa são instrumentos de dívida emitidos por empresas, governos ou instituições financeiras. Eles pagam uma taxa de juros fixa ou variável à pessoa investidora, que empresta seu dinheiro para o emissor por um determinado período. Exemplos de títulos de renda fixa são os títulos públicos, debêntures e Certificados de Depósito Bancário (CDB).

Fundos de investimento

Os fundos de investimento são veículos de investimento coletivo, nos quais diversos investidores e investidoras aplicam seu dinheiro em conjunto. Os recursos são geridos por uma pessoa especialista, que busca obter rentabilidade para os cotistas. Como vimos, existem diferentes tipos de fundos, como fundos de ações, fundos multimercado, fundos de renda fixa, entre outros.

Derivativos

Os derivativos são contratos financeiros que derivam seu valor de um ativo subjacente, como uma ação, índice ou moeda. Eles são utilizados para proteção (hedge) ou especulação. Alguns exemplos de derivativos são opções, futuros e swaps. Os derivativos permitem aos investidores e investidoras, assumirem posições em ativos sem a necessidade de comprá-los fisicamente.

Commodities

As commodities são produtos básicos, como petróleo, ouro, café, trigo, entre outros, que são negociados em bolsas de commodities. As pessoas investidoras podem comprar contratos futuros dessas commodities, especulando sobre a variação de seus preços.

Para quem planeja investir ou já investe, é importante conhecer bem os diferentes tipos de ativos financeiros, suas características e riscos antes de investir seu dinheiro, além de contar com o auxílio de profissionais especialistas em assessoria de investimento, para tomar decisões mais embasadas e adequadas ao seu perfil.

Risco e retorno dos ativos financeiros

A relação entre risco e retorno nos ativos financeiros é uma das principais considerações para as pessoas investidoras ao tomarem decisões de investimento. O risco se refere à incerteza associada a um investimento, enquanto o retorno é a recompensa esperada desse investimento.

Em termos gerais, quanto maior o risco de um ativo financeiro, maior é o retorno esperado. Isso ocorre porque quem investe exige uma compensação maior por assumir um maior nível de incerteza. Por exemplo, investimentos em ações de empresas de alto risco podem oferecer retornos potencialmente mais altos do que investimentos em títulos de baixo risco, como títulos do governo.

No entanto, é importante ressaltar que a relação entre risco e retorno não é linear. Em alguns casos, investimentos de alto risco podem resultar em perdas significativas, enquanto investimentos de baixo risco podem oferecer retornos modestos. Portanto, as pessoas que investem devem buscar um equilíbrio entre risco e retorno que se alinhem com seus objetivos financeiros e tolerância ao risco.

O equilíbrio entre risco e retorno influencia as decisões de investimento de várias maneiras:

Primeiramente, quem investe precisa avaliar sua tolerância ao risco e determinar qual nível de risco está disposto a assumir. Isso pode ser influenciado por fatores como idade, situação financeira e objetivos de investimento.

O equilíbrio entre risco e retorno também afeta a alocação de ativos. Para minimizar o risco geral da carteira de investimentos e buscar retornos adequados, quem investe pode optar por diversificar seus investimentos, distribuindo-os entre diferentes classes de ativos (como ações, títulos e imóveis) e diferentes setores da economia.

Compreender a relação entre risco e retorno nos ativos financeiros é fundamental para as decisões de investimento, a fim de encontrar um equilíbrio entre esses dois elementos, considerando os diversos fatores envolvidos.

Avaliação de ativos financeiros

A avaliação de ativos financeiros é uma atividade essencial para investidores e investidoras, bem como para profissionais do mercado financeiro, pois permite determinar o valor intrínseco de um ativo e tomar decisões de investimento informadas. Dentre os métodos e técnicas utilizados nesse processo, destacam-se:

Análise fundamentalista

É um método que busca determinar o valor de um ativo com base em fatores econômicos, financeiros e setoriais. Essa abordagem considera informações como o desempenho passado e presente da empresa, indicadores financeiros, perspectivas de crescimento do setor, entre outros. A análise fundamentalista é amplamente utilizada na avaliação de ações, onde os investidores procuram identificar empresas subvalorizadas ou supervalorizadas.

Análise técnica 

A análise técnica utiliza gráficos e indicadores para identificar tendências e padrões de comportamento dos preços dos ativos. Essa abordagem parte do princípio de que o comportamento passado dos preços pode indicar o comportamento futuro. A análise técnica é muito utilizada em investimentos de curto prazo, como day trade, e é especialmente útil para identificar pontos de entrada e saída de uma operação.

Valuation

O valuation é uma técnica que visa determinar o valor intrínseco de um ativo financeiro com base em projeções de fluxos de caixa futuros. Essa abordagem utiliza modelos matemáticos e estatísticos para estimar o valor de um ativo, considerando fatores como riscos, taxas de desconto e taxas de crescimento. O valuation é muito utilizado na avaliação de empresas, projetos de investimento e títulos de renda fixa.

Além desses métodos e técnicas, existem outras abordagens utilizadas na avaliação de ativos financeiros, tais como: análise qualitativa, que considera fatores subjetivos como a qualidade da gestão da empresa e a reputação da marca, e a análise macroeconômica, que considera fatores macroeconômicos como inflação, taxa de juros e política fiscal. A combinação dessas abordagens pode fornecer uma visão mais completa e precisa sobre o valor de um ativo financeiro. 

Diversificação de carteira

A diversificação de carteira é uma estratégia fundamental na gestão de ativos financeiros, pois permite a redução dos riscos e o aumento das chances de retorno. Ao diversificar a carteira, quem investe distribui seus recursos em diferentes tipos de ativos, além de obter vantagens como:

– Reduzir o impacto negativo da carteira: cada classe de ativo tem um comportamento próprio e reage de forma diferente a eventos econômicos e políticos. Dessa forma, se um ativo apresentar um desempenho ruim, os outros podem compensar as perdas, reduzindo o impacto negativo na carteira como um todo. 

– Minimizar riscos específicos (associado a um ativo específico): se um investidor tiver apenas ações de uma única empresa em sua carteira e essa empresa sofrer problemas financeiros, por exemplo, ele estará exposto a um risco elevado. No entanto, se ele tiver ações de diferentes empresas em sua carteira, o impacto negativo será diluído.

– Aumentar as chances de retorno: a diversificação permite a quem investe, aproveitar as oportunidades de diferentes mercados. Enquanto um mercado pode estar em baixa, outro pode estar em alta, possibilitando ganhos em diferentes cenários econômicos.

Portanto, a diversificação de carteira é uma estratégia essencial na gestão de ativos financeiros, pois reduz os riscos e aumenta as chances de retorno, proporcionando uma maior segurança e rentabilidade para o investidor ou investidora.

Mercado de ativos financeiros

O mercado de ativos financeiros é um ambiente onde são negociados diferentes tipos de ativos, como ações, títulos de renda fixa, moedas estrangeiras, commodities, entre outros. Sua estrutura é composta por diferentes participantes, como:

  • Investidores e investidoras individuais;
  • Instituições financeiras;
  • Corretoras de valores;
  • Fundos de investimento;
  • Empresas.

A negociação e compra/venda dos ativos financeiros ocorre por meio de diferentes mecanismos. No caso das ações, por exemplo, a negociação pode ocorrer em bolsas de valores, onde as pessoas compradoras e vendedoras se encontram para realizar as transações. Já os títulos de renda fixa, como os títulos do governo, são negociados no mercado de balcão, ou seja, diretamente entre as partes envolvidas, ou por meio de corretoras.

Os participantes do mercado de ativos financeiros têm diferentes objetivos e estratégias. Quem investe individualmente, pode buscar lucro com a valorização dos ativos ou receber rendimentos periódicos, como dividendos. Já as instituições financeiras, podem atuar como intermediárias na negociação dos ativos ou como investidores.

A negociação e compra/venda dos diferentes tipos de ativos financeiros são fundamentais para o funcionamento da economia, pois permitem a alocação eficiente de recursos e a captação de recursos por empresas e governos. Além disso, a negociação dos ativos financeiros também contribui para a formação de preços e a descoberta de informações relevantes para os investidores. 

Estratégias de investimento em ativos financeiros

Existem várias estratégias comuns utilizadas para investir em ativos financeiros. Algumas delas incluem: 

Investimento em valor 

É uma estratégia que envolve a compra de ativos financeiros que estão sendo negociados abaixo do seu valor intrínseco. Quem investe e segue essa estratégia, acredita que o mercado muitas vezes precifica erroneamente os ativos, criando assim oportunidades de compra. O objetivo é encontrar ativos subvalorizados e esperar que o mercado reconheça seu verdadeiro valor, gerando assim um retorno positivo.

Alocação de ativos

Essa é uma estratégia que envolve a diversificação dos investimentos em diferentes classes de ativos, a fim de reduzir o risco e maximizar o retorno ao longo do tempo. Essa estratégia é baseada na teoria de que diferentes classes de ativos têm diferentes níveis de risco e retorno, e que a diversificação pode ajudar a equilibrar esses fatores.

Buy and hold

Trata-se de uma estratégia de longo prazo, na qual as pessoas investidoras compram ativos e os mantêm por um período prolongado, independentemente das flutuações do mercado. Essa estratégia é baseada na crença de que, ao longo do tempo, os mercados tendem a se valorizar e que a tentativa de prever as flutuações do mercado é difícil e muitas vezes ineficaz. O objetivo é colher os benefícios do crescimento a longo prazo dos ativos.

Trading

O trading é uma estratégia de curto prazo que envolve a compra e venda frequente de ativos financeiros visando obter lucros rápidos. Os traders geralmente usam análise técnica e fundamental para identificar oportunidades de negociação. Essa estratégia requer habilidades de tomada de decisão rápida e uma compreensão profunda dos mercados financeiros.

Cada uma dessas estratégias tem seus próprios princípios e benefícios. A escolha da estratégia depende dos objetivos de quem investe, da tolerância ao risco e do horizonte de investimento. É importante lembrar que nenhuma estratégia é garantida e que o desempenho passado não é um indicador confiável de resultados futuros. 

Regulação e fiscalização dos ativos financeiros

A regulação e fiscalização dos ativos financeiros desempenham um papel fundamental na manutenção da estabilidade e integridade do mercado financeiro. Essas medidas visam proteger os investidores e investidoras, promover a transparência e prevenir práticas fraudulentas.

Diversos órgãos reguladores têm a responsabilidade de fiscalizar e regular o mercado financeiro em diferentes países.

Nos Estados Unidos, a Securities and Exchange Commission (SEC) é encarregada de proteger os investidores e manter a integridade do mercado de valores mobiliários. 

No Brasil, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é responsável pela regulação e fiscalização do mercado de capitais.

Esses órgãos estabelecem normas e regulamentos que impõem requisitos de divulgação de informações, governança corporativa e conduta ética. Além disso, eles monitoram as atividades de quem participa do mercado, como corretoras, bancos e gestores de fundos, para garantir que estejam operando conforme as leis e regulamentos.

Essas normas e regulamentos têm como objetivo principal proteger as pessoas investidoras, evitando práticas abusivas, como manipulação de mercado, insider trading e divulgação de informações falsas. Além disso, eles promovem a transparência, permitindo a quem investe, tomar decisões informadas e confiar no mercado.

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Os ativos financeiros desempenham um papel fundamental no mundo dos investimentos. Eles representam uma forma de aplicação de recursos que pode gerar retornos financeiros para os investidores e investidoras.

A diversidade de ativos disponíveis, oferece oportunidades para diversificar a carteira de investimentos e maximizar os ganhos. Contudo, é fundamental que as pessoas investidoras entendam os diferentes tipos de ativos financeiros e como eles funcionam.

Compreender os ativos e passivos financeiros, possibilita identificar as oportunidades de investimento e criar estratégias eficazes, além de viabilizar a tomada de decisões mais informadas, a fim de reduzir os riscos associados aos investimentos.

Portanto, conhecer os ativos financeiros e sua relevância é essencial para os investidores e investidoras que desejam alcançar seus objetivos financeiros e obter sucesso em suas aplicações. A educação financeira e a busca por informações atualizadas são ferramentas indispensáveis nesse processo, garantindo uma base sólida para a tomada de decisões e o crescimento patrimonial. 

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