Revolução iminente no capital de risco
Por Igor Oliveira (Sócio da Semente Negócios) | Junho de 2016
Acesse a notícia original no Jornal Zero Hora
Empreendedores de caráter fortemente inovador enfrentam hoje muita dificuldade para captar investimentos no Brasil.
Em um primeiro momento, podem buscar investidores-anjo que frequentemente ficam com uma participação muito grande no negócio, de forma a inviabilizar as próximas rodadas de investimento. Não podemos culpar unicamente os anjos por isso, visto que o dinheiro no Brasil é, de fato, caro.
Vencida a etapa inicial de validação do modelo de negócio em um determinado mercado, chega a hora de realizar uma rodada mais robusta, para bancar um plano de expansão claro e ousado. Nesse momento, o empreendedor precisa recorrer a um fundo de capital semente ou venture capital.
Cabe aqui um parêntese sobre o fato de esses fundos serem fortemente subsidiados pelo Estado, por meio de bancos de desenvolvimento e outras agências governamentais. Ou seja, trata-se, em grande medida, de dinheiro público. E isso não é exatamente errado. As nações mais inovadoras do planeta passaram ou estão passando pela mesma situação.
Há, no entanto, uma alternativa que vem ganhando espaço neste cenário: o investimento colaborativo, também conhecido como equity crowdfunding. Plataformas online reúnem investidores que se tornam – juntos – sócios de negócios inovadores. No Brasil, temos os sites Broota, StartMeUp e EqSeed, além da plataforma Urbe.me, especializada em empreendimentos imobiliários.
Essas plataformas têm feito um trabalho incrível, que possibilita, inclusive, a descentralização do investimento de risco no território brasileiro e a realização de investimentos de baixo ticket, que não têm no retorno financeiro o único critério de decisão. Frequentemente, as pessoas que investem estão em busca de valores mais subjetivos, como o impacto social dos negócios investidos.
A expansão dessa modalidade de investimento é apenas uma das mudanças que veremos acontecer nos próximos anos. Com o florescimento das criptomoedas e de tecnologias como a blockchain, o setor financeiro como um todo deve sofrer transformações profundas, e nos investimentos de risco isso não será diferente. Nesse momento de aperto do ganho real dos investimentos atrelados à Selic, faz sentido começar a olhar para esse tema. Acredito que eu não seja o único a estar perdendo gradualmente a vontade de investir em títulos públicos.
Gostaria de ver mais sobre a EqSeed na imprensa? Confira essa matéria ou visite nossa página de imprensa:
Startups captam acionistas na internet via EqSeed; Valor Econômico
Confira as oportunidades de investimentos em startups na EqSeed ou leia mais sobre por que investir em startups no blog da EqSeed.