A Indústria 4.0 pode mudar radicalmente a forma como trabalhamos. Nos últimos tempos, startups aproveitaram o setor para investir em ferramentas para otimizar processos na área. Entenda com investir em uma dessas empresas.

Imagine uma empresa que acabou de nascer mudando processos consolidados dentro de uma indústria que já está há tempos no mercado. 

Desse encontro, que até há algum tempo era improvável, tem nascido muitas ideias. E melhor: está aumentado a eficiência no trabalho.

Estamos falando de startups que estão substituindo, por exemplo, o trabalho de consultorias externas contratadas para melhorar processos dentro de companhias.  

Não se trata, claro, de desmerecer o trabalho sério das consultorias. 

Consultorias, de fato, trazem inovação e estruturam negócios. Mas, às vezes, o processo é longo e vem acompanhado de planos complexos para implementação.

Com isso, logo vem a pergunta: se hoje tudo pode ser melhorado e monitorado em tempo real, por que esperar meses? 

Ao entender essa dor no mercado, startups miraram em planos de negócios para resolver problemas em empresas, principalmente, quando o assunto é produtividade, eficiência e segurança no trabalho.

Na verdade, as startups aproveitaram o movimento da Indústria 4.0 e criaram produtos a partir do novo paradigma tecnológico. E, diga-se de passagem, conseguiram operar tanto numa indústria com 5 mil funcionários, quanto numa empresa de 10. 

Flexibilidade e personalização, aliás, são alguns dos pontos fortes da proposta de valor dessas startups.

Nesse texto vamos falar sobre o movimento da Indústria 4.0 e, principalmente, sobre empresas que trouxeram inovações e conceitos para transformar a produtividade nas companhias.

Vamos falar também sobre como você pode aproveitar o setor para investir numa companhia do setor e rentabilizar com o seu investimento.

O potencial de startups que estão transformando uma das áreas mais promissoras da tecnologia é enorme

Aproveite a leitura!

Indústria 4.0: o que é?

Antes de mais nada, falamos na abertura sobre a Indústria 4.0. Para quem ainda tem dúvida sobre o conceito, o termo engloba as principais inovações tecnológicas dos campos de automação, controle e tecnologia da informação, aplicadas, principalmente, aos processos de manufatura.

Na prática, é o que permite, por exemplo, uma indústria se tornar “inteligente”. 

Imagine se uma fábrica pudesse automatizar processos, tornando a produção cada vez mais personalizada e baseada em dados ao longo de toda a cadeia de produção.

Com a Indústria 4.0 isso é possível. 

Em um chão de fábrica, por exemplo, com máquinas e trabalhadores totalmente integrados e interconectados, torna-se algo corriqueiro detectar e corrigir falhas durante a fabricação.

Isso é fundamental, por exemplo, para aumentar a produtividade, já que evita-se interrupções na linha produção. 

Mas não é só isso.

Vale dizer que o monitoramento da produção pode ser feito com auxílio de computadores, que “conseguem” entender padrões de produção e sugerir, por exemplo, mudanças quando oportunidades são encontradas.

Sabe aquela figura do supervisor que precisa conhecer o chão de fábrica em todos os detalhes e se debruçar sobre planilhas para entender onde melhorar a produção?

Na Indústria 4.0 isso não é preciso. Grande parte das análises é feita por computadores. Com isso, a tomada de decisão fica muito mais ágil e certeira.

Apesar de grandes indústrias serem as principais consumidoras, as ferramentas podem ser utilizadas em pequenos negócios do varejo ou numa cadeia de logística, por exemplo.

Panorama internacional

Nos últimos anos, o movimento de empresas que trouxeram inovações e conceitos, a partir de tecnologias da Indústria 4.0, transformaram a produtividade nas companhias.

Segundo reports do mercado, o setor de serviços operacionais movimenta no mundo US$ 1,6 trilhão por ano. 

Uma fatia deste mercado considera, por exemplo, as startups que desenvolvem software para aumentar a produtividade em grandes indústrias.

Segundo um levantamento do portal Crunchbase, há hoje no mundo 272 startups no setor em estágios Seed, Pré-Seed, Series A e B no mundo.

Se considerarmos todos os rounds envolvendo o grupo, o total de aportes ultrapassam os US$ 3 bilhões. 

Indústria 4.0: quem se destaca no mercado de otimização de produtividade

Ao olhar especificamente para startups que estão revolucionando a produtividade nas empresas, um dos melhores exemplos para entender o potencial do setor  vem do mercado americano.

Por lá, a Zebra Technologies, que tem ações listadas na Nasdaq, está avaliada em US$ 13 bilhões. 

Fundada nos anos 1960, a empresa é especialista em criar soluções tecnológicas para empresas. 

Numa área de logística, por exemplo, consegue organizar redes de distribuição com dispositivos móveis, incluir novas demandas, verificar estoques e até validar pedidos em tempo real. 

Estima-se que ao organizar a logística de uma empresa, a Zebra chega a otimizar o trabalho, em média, em 30%. Tudo graças aos sistemas dotados de inteligência artificial e sensores que conseguem medir a operação e encontrar espaço para melhorias. 

Outro destaque é um exit da AeroScout, outra empresa focada em tecnologia e produtividade. A empresa foi comprada pela Stanley Health Care Solutions, em 2012, por 238 milhões de dólares.

Panorama Nacional

Nos rankings internacionais, a produtividade brasileira não é destaque. Para se ter uma ideia, quatro trabalhadores brasileiros desempenham o mesmo trabalho de apenas 1 americano exercendo a mesma função em um ambiente fabril.

Um caminho para essa melhora, claro, passa por automação de tarefas. Mas ainda há um longo caminho a ser percorrido.

Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), 77% das empresas brasileiras estão nos estágios 1 ou 2 (em um escala que vai até 4) da automatização fabril.

Ou seja, três a cada quatro empresas não utilizam a automatização plena em suas linhas de produção. 

Na próxima década, no entanto, estima-se que pelo menos 55% passem ao nível mais avançado, o estágio 4, quando todos os setores estarão automatizados.

Ou seja, o Brasil vai despontar como um grande consumidor de tecnologia de automação. Os setores que mais devem alavancar esse crescimento são de petróleo, mineração e celulose, tradicionais consumidores de tecnologia.

Um setor para investir?

Como há demandas enormes para melhorar a eficiência das empresas, as startups do setor estão muito valorizadas.

Segundo a ABB, multinacional líder em tecnologias digitais para a indústria, os negócios da empresa no Brasil cresceram 25% em 2020, muito acima da média de 15% para a América do Sul.

Afinal, a ideia de aumentar a produtividade dentro de indústrias é extremamente atrativa.

Uma startup que entendeu esse potencial de mercado é a Novidá, fundada em 2012.

A empresa se posiciona como uma desenvolvedora de soluções IoT baseadas em geolocalização de precisão. 

A empresa tem a missão de potencializar o ganho de eficiência e de melhorias de processos em setores como indústria e logística.

Só nos últimos anos, por exemplo, a empresa ajudou a aumentar a eficiência na produtividade de funcionários de empresas, como Renault, Hyundai, Gerdau, Ambev e Gol.

Tendência do mercado

As indústrias globais expandem cada vez mais seus investimentos em automação industrial. 

Como vimos, nos últimos anos, a expansão brasileira avançou em ritmo lento, se comparado com os países europeus e da América do Norte. 

O percentual de indústrias que já fazem uso de Big Data e Inteligência Artificial, por exemplo, é pequeno: apenas 9%. Além disso, o Brasil ocupa a 69ª colocação no Índice Global de Inovação.

Embora a CNI tenha identificado que 58% das indústrias consideram importante as tecnologias digitais como um diferencial para a competitividade, o avanço da Indústria 4.0 no país está atrelado a um maior conhecimento dos benefícios da automação.

Fica claro, portanto, que há um mercado sedento por inovações e serviços que ajudem a empresa aproveitar o movimento da Indústria 4.0 com impacto direto na produtividade dos funcionários.

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