A EqSeed é uma plataforma de equity crowdfunding que conecta investidores a startups com grande potencial de crescimento. Mas você já se perguntou como saber quais são essas empresas que se destacam no mercado?

É para ajudar a identificá-las que é utilizada a due diligence, eficaz para obter dados diversos a respeito de uma empresa antes de realizar um processo de negociação. Entenda como isso funciona e por que esse passo é tão importante em uma rodada de investimento.

O que é Due Diligence?

Due diligence é um termo bastante conhecido no mundo das startups, que nada mais é do que um processo de análise que pode ser realizado por investidores, futuros compradores, sócios e até mesmo pelas empresas que realizam essa ponte de negociação envolvendo uma startup. 

Trata-se de um procedimento de averiguação utilizado para conferir se o que a startup informou aos investidores corresponde aos dados da empresa. A due diligence não é sempre igual, ela pode variar conforme a empresa, o investidor, o valor do investimento envolvido, entre outros pontos que definirão o quão rigorosa será a análise.

Pode ser que esse processo seja simples e rápido, realizado apenas entre a startup e quem pretende investir. Contudo, também pode ser que envolva advogados, contadores, e demais profissionais necessários para avaliar documentos, dados financeiros, histórico empresarial, entre outros.

A due diligence considera, para a sua análise, os aspectos técnicos, legais, qualitativos e quantitativos, que fornecerão dados importantes aos investidores para guiá-los na tomada de decisão.

Due diligence – Significado

Em português, podemos traduzir o termo due diligence como “devida diligência”, ou “diligência prévia”. O termo deriva de uma legislação portuguesa do século XIX, do ano de 1854. Contudo, foi a partir do decreto americano US Securities Act, de 1933 que esse conceito se popularizou.

Foi a partir desse decreto que os intermediários de negociações foram autorizados a realizar o processo de avaliação prévia de documentos e informações de uma empresa antes de investir. Dessa forma, foi com base no decreto de 1933 que a due diligence se difundiu e passou a ser utilizada de forma recorrente por empreendedores e investidores.

Quais os objetivos de uma due diligence?

A due diligence pode ser utilizada com diferentes objetivos, tanto a interesse dos empreendedores quanto dos investidores. Quando alguém pretende investir em uma startup, principalmente com potencial de escalabilidade, ela pode recorrer à due diligence para se certificar se o investimento vale a pena ou não.

Já no caso de quem empreende e tem interesse em abrir um processo de fusão ou aquisição da startup, pode utilizar a due diligence para obter informações importantes a respeito de aspectos legais, financeiros e históricos da empresa.

Dessa forma, esse acompanhamento é eficaz para apontar a real situação da empresa, tanto para quem empreende, quanto para quem pretende investir, se tornar acionista ou até mesmo adquirir a startup.

Quais dados constam em uma due diligence?

Como vimos, ainda que a due diligence seja utilizada com um fim específico, as informações avaliadas podem variar. Isso porque ela inclui os dados solicitados pelos investidores, para obterem um diagnóstico da startup antes de investir. Em geral, os principais dados que constam em uma due diligence para se obter um panorama da empresa são:

  • Contábeis e fiscais;
  • Trabalhistas e previdenciários;
  • Ativos e passivos;
  • Empréstimos, dívidas e fundos;
  • Ambientais, jurídicos e imobiliários.

Quais os benefícios da due diligence para uma startup?

Como vimos, ao realizar uma due diligence a startup consegue obter um panorama geral da situação do negócio, o que é excelente para a tomada de decisões da própria empresa, assim como ajuda a transmitir mais credibilidade para potenciais investidores. Além disso, ela ainda proporciona uma visão ampla, pois reúne informações como:

  • O posicionamento da startup no mercado;
  • A projeção do negócio para o futuro, a médio e longo prazo;
  • Uma visão dos principais concorrentes;
  • Panorama da situação financeira, fiscal e contábil;
  • Estratégias utilizadas;
  • Possíveis problemas com fornecedores, colaboradores ou clientes;
  • Pontos positivos e negativos da empresa nos diversos setores;
  • Principais riscos enfrentados;
  • Oportunidades futuras.

Como é feita a due diligence?

Como vimos, a due diligence segue princípios semelhantes aos de uma auditoria. Portanto, reúne informações internas e externas da organização, ou seja, compreende um panorama sobre os diferentes aspectos da startup e do mercado em que ela está inserida.

Nos casos em que a startup participa de uma rodada de investimentos por meio de uma plataforma de equity crowdfunding, como a EqSeed, por exemplo, quem faz a intermediação e a captação dos recursos que se encarrega do processo de due diligence.

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Isso porque, antes de inserir uma nova startup em suas rodadas de investimentos, as empresas realizam uma análise rigorosa e reúnem os principais documentos da empresa, tais como relatórios apresentando os riscos relacionados à oferta, documentos financeiros e societários, entre outros.

Confira a seguir, algumas etapas de uma due diligence, lembrando que ela pode ser diferente para cada empresa, situação, tipo de investimento e diversos outros fatores.

  • Definição de uma equipe de confiança: por envolver inúmeros dados que podem ser sigilosos, é importante que você escolha bem quem lidará com as informações da due diligence.
  • Levantamento de documentação: com a equipe definida, é a hora de reunir os documentos da empresa, tais como demonstrativos financeiros, certidões negativas de débitos, documentos societários e tudo o mais que ajude a comprovar a situação do negócio.
  • Análise de dados: com a documentação reunida, é a hora de avaliar os dados obtidos, o que deve ser feito por uma equipe multidisciplinar, para obter uma visão ampla a respeito de todos os setores.
  •  Elaboração de relatórios: após feito todo esse processo, é importante reunir os dados levantados e transformar em um relatório enxuto e objetivo, que será importante para nortear a tomada de decisão.

Vale lembrar que esse passo a passo pode ser diferente, conforme as especificações dos investidores ou informações que a empresa espera obter. Podemos utilizar o exemplo acima, como um resumo de uma due diligence feita para a participação de uma startup em uma rodada de investimento. 

Quem faz a due diligence?

A due diligence pode ser realizada por uma equipe multidisciplinar, composta por colaboradores da própria empresa, pode ser feita por uma consultoria especializada terceirizada, ou ainda pela empresa responsável por captar investimentos para a startup.

Em geral, os investidores costumam ter um checklist padronizado para avaliar que empresas pretendem investir. Contudo, é importante que as startups adotem como parte da cultura organizacional, ter parte dessa documentação já preparada, para facilitar o processo quando decidirem participar de uma rodada de investimentos, por exemplo.

Dessa forma, ainda que você opte por contratar uma empresa terceirizada para realizar a due diligence, é importante ter uma pessoa responsável por isso na startup. Essa pessoa, que pode ser CEO ou fazer parte da liderança de algum setor, pode ser responsável por implementar a due diligence na cultura da empresa e manter a documentação sempre atualizada.

O que é due diligence compliance?

A due diligence faz parte do compliance de uma empresa, processo que visa avaliar se as empresas estão em conformidade com as leis e normas vigentes. Para isso, é fundamental que a organização passe por um processo detalhado de levantamento de dados, no caso, uma due diligence.

Ambos os conceitos, andam lado a lado em uma estratégia que envolve oportunidades de negócio, investimentos e operações societárias. O que muda em uma due diligence compliance, é que antes de levantar a documentação da startup, é necessário mapear todas as leis, normas, atos e regulamentações que podem afetar a empresa.

Dessa forma, ela é um processo mais completo, que levanta todas as informações a respeito da empresa, não apenas aquelas que interessam aos investidores. Ela é muito utilizada com o objetivo de avaliar os potenciais riscos à empresa, proteger a reputação da marca, evitar possíveis fraudes e elaborar normas internas.

Quais são os tipos de due diligence?

Como vimos, a due diligence é bastante variada e pode ser utilizada por diversos tipos de empresas com diferentes objetivos. Além disso, ela também pode reunir informações de acordo com o tipo de diagnóstico que se espera obter. Confira a seguir, os principais tipos de due diligence:

  • Due diligence jurídica: focada em analisar a segurança jurídica da empresa e os aspectos legais, tais como: Contrato social, Acordo de sócios, Contratos com fornecedores, Registro de patentes, entre outros.
  • Due diligence trabalhista: analisa a relação entre a empresa e seus colaboradores, considerando as leis trabalhistas vigentes, para garantir que todos os contratos, sejam eles de estágio, CLT, PJ ou outros, estejam de acordo com a legislação. 
  • Due diligence financeira: de interesse principalmente dos investidores, ela levanta e avalia informações como: DFC (Demonstrativo de Fluxo de Caixa), DRE (Demonstrativo de Resultado de Exercício), entre outras, que ajudam a compreender melhor a performance financeira da startup.
  • Due diligence fusões e aquisições: essa é uma due diligence importante e um pouco mais complexa, pois envolve mudanças societárias, estruturais e até mesmo na natureza jurídica da empresa. Ela é muito comum nos casos de “exit” de uma startup, que ocorre quando os investidores e fundos de investimento que fazem parte do negócio, vendem sua participação societária.

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Qual é a diferença entre due diligence e auditoria?

É bem comum confundir due diligence com auditoria, pois são processos bastante semelhantes. Contudo, o foco principal da auditoria é garantir que uma empresa esteja de acordo com as boas práticas, normas e leis vigentes.

Em geral, a auditoria é um procedimento obrigatório nas empresas, feito de tempos em tempos para garantir sua conformidade com a legislação. Já a due diligence, é realizada com um fim específico de promover uma análise de riscos e benefícios para negociações empresariais.

Ainda que seja um procedimento recomendado para fortalecer a credibilidade da empresa, ele não é obrigatório. Entretanto, principalmente no caso das startups, ela é fundamental em uma rodada de captação, pois fornece dados importantes aos investidores e serve como guia na avaliação dos riscos e na tomada de decisões.


Aqui na EqSeed, as empresas passam por uma seleção criteriosa, que avalia características como: escalabilidade, tamanho do mercado e equipe executiva. Além do potencial de crescimento da empresa, também verificamos todos os dados jurídicos, disponibilizados para conferência dentro das rodadas de investimento. 

Dessa forma, os investidores podem encontrar todas as informações que precisam para avaliar as startups antes de investir, pois cuidamos dessa etapa realizando uma análise prévia.

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