Com a Selic em baixa, é necessário analisar os tipos de investimentos para ter rentabilidade. Entenda neste post como aproveitar esse novo cenário.

O Brasil vive um novo cenário de investimento. Depois de vivermos um período de juros acima dos 10%, chegou a vez dos juros baixos.

No final de 2019, a taxa básica de juros brasileira, a Selic, chegou ao seu menor patamar histórico desde 1999, saindo de 5% para 4,5%. 

E o que isso muda para os investimentos?

Basicamente tudo.

Com juros baixos, o comportamento dos investidores fica diferente e as opções de rentabilidade também. 

Em parte, essa mudança na forma de investir se explica porque o retorno para quem faz investimento em renda fixa é muito baixo.

Quer um exemplo?

Um título do Tesouro Direto é um exemplo de aplicação com rendimento atrelado à Selic, que pode ter perdas com a queda na taxa básica de juros. Ou seja, com a Selic abaixo do 5%, o seu retorno vai seguir o índice.

Outros exemplos são as aplicações como o CDB (Certificado de Depósito Bancário), a LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e a LCA (Letra de Crédito Agrário).

Para alterar esse cenário, é preciso mudar a modalidade de investimento. Para qual?

Neste post vamos falar sobre os tipos de investimentos para um cenário de juros baixo. Fique ligado!

Renda fixa: o que é

Investimentos de renda fixa são aqueles que o investidor sabe, no momento em que aplica, como vai ser o rendimento do dinheiro ao longo do tempo. 

Isso não significa que é possível calcular com antecedência exatamente quanto o investidor vai receber. 

Mas é possível ter uma ideia, já que o rendimento é calculado com base em um índice pré-determinado, mas de valor futuro ainda desconhecido. 

Um dos índices utilizados é a taxa Selic. Quanto mais baixa a Selic, menos vão render os investimentos indexados a ela. 

Por ser a taxa básica de juros que serve de referência para o restante da economia, se a Selic cai, a tendência é que isso reduza os rendimentos de renda fixa e diminua a atratividade desses investimentos.

Renda variável: a opção de investimento que não tem ligação com a Selic

Renda variável é uma modalidade de investimento em que o retorno varia de acordo com o desempenho da empresa investida, ou de outro ativo ou expectativa de mercado, com base na oferta e demanda. 

Assim, na renda variável, o investidor não consegue medir com certeza o retorno da aplicação.

Investir em renda variável é comprar um ativo esperando sua valorização, que pode acontecer ou não. 

Aplicações na bolsa são um tipo de investimento em renda variável. 

Há ações que pagam dividendos aos acionistas, mas quem compra esses papéis geralmente está apostando no aumento dos preços das ações.

Esse tipo de investimento é mais arriscado e pode proporcionar ganhos muito maiores que a renda fixa, mas também perdas. 

Por não estarem atrelados a nenhuma taxa específica – nem mesmo a Selic – e flutuarem livremente, esses rendimentos são chamados de variáveis.

Quais tipos de investimentos são ideais para o seu perfil?

Há que tente traçar um perfil de investidor para colocar clientes em determinado grupo, mas isso acaba reduzindo muito as possibilidades de investimento.

Afinal, há pessoas com patrimônios diferentes, com objetivos de retornos variados e momentos de vida distintos.

O importante é ter um portfólio equilibrado, composto de investimentos com perfis diferentes e nas proporções que, como um conjunto, representa seu perfil de investidor.

Apesar das variações, sempre que for traçar um caminho, é bom ter em mente questões importantes como:

a) Qual o objetivo principal do seu portfólio de investimentos;

b) Quais são suas submetas para investimentos específicos na sua carteira;

c) O quanto você deseja ganhar ao começar a investir;

d) Qual o montante você tem para aplicar;

e) Por quanto tempo pode deixar o dinheiro investido;

f) Qual o grau de risco posso aceitar para atingir minhas metas;

g) Qual a liquidez necessário para os seus investimentos.

Antes de pensar nos tipos de investimento, é importante prestar atenção que as respostas dessas questões estão ligadas diretamente ao planejamento.

Tipos de investimentos para um cenário de juros baixo

1 – Ações

a) Rentabilidade

Nos últimos anos, a Bolsa de Valores têm mostrado bons resultados, principalmente se você investir com uma estratégia de longo prazo.

Uma das melhores formas de conseguir bons resultados é escolher bem os papéis para compor a sua carteira. Caso contrário, você pode ter perdas.

b) Liquidez

Investimentos em ações geralmente têm alta liquidez, mas isso varia de empresa a empresa. Algumas empresas listadas na Bovespa, por exemplo, possuem muito mais liquidez do que outras.

2 – Fundos de Ações

a) Rentabilidade

Há fundos com resultados acima dos 15%, mas a rentabilidade depende de vários fatores, como a habilidade do gestor na hora de escolher qual o melhor investimento a ser feito e em qual momento.

b) Liquidez

Há dois tipos de Fundo de Ações: aberto e fechado. Isso influencia diretamente na liquidez do ativo.

Fundos abertos permitem o resgate a qualquer momento; já os fechados exigem um tempo mínimo de aplicação antes da retirada, sendo ideal para quem deseja ter retorno no longo prazo.

3 – Fundos Imobiliários

a) Rentabilidade

Varia. Geralmente, os retornos são provenientes dos aluguéis pagos pelos locatários do empreendimento cujo fundo é dono.

Alguns fundos imobiliários, por exemplo, entregam retornos mensais de 1,5% ou até mais. Os números variam de acordo com os riscos mais elevados e perfis diferentes.

b) Liquidez

A liquidez dos fundos imobiliários é uma vantagem. Essa característica é garantida pelo fato de que as cotas dos fundos são negociadas na Bolsa de Valores, assim como as ações.

4 – Investimentos em startups online

a) Rentabilidade

Extremamente variável. Se a startup não tiver sucesso, seu investimento pode render zero. Mas se der certo, você pode vender sua participação multiplicada.

b) Liquidez

O ativo é de baixa liquidez, pois não existe uma Bolsa de Startups, em que seria possível vender seu investimento em qualquer momento. Os retornos de um investimento em uma startup geralmente vêm quando a empresa é comprada, o que pode levar alguns anos após seu investimento.

A ideia é que a empresa cresça exponencialmente e o valor do seu investimento cresça exponencialmente também como é o caso da Stone ou do Nubank, por exemplo.

Conclusão

– A queda na taxa básica de juros brasileira fez com que os investimentos em renda fixa perdessem sua atratividade;

– A renda variável é uma opção de investimento para tempos de juros baixo;

– Mesmo com juros baixos, é importante ter investimentos variados. Um bom investidor tem um portfólio equilibrado, composto de investimentos com perfis diferentes.

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