Startups brasileiras estão mais valorizadas e atraem investimentos de grandes fundos. Como aproveitar esse momento? Conheça as startups que deram certo e saiba o caminho para investir neste mercado.

Encontrar uma solução para uma dor no mercado. Essa é a grande missão de muitos que tentam empreender para atingir o sucesso.

Seja no setor de saúde, educação, financeiro, mobilidade urbana ou segurança, ideias são sempre formatadas.

E o caminho para trilhar essa jornada no nosso país começa fundando uma startup. No caso, uma startup brasileira.

Como muitos sabem, o termo representa uma empresa jovem e inovadora que tem um modelo de negócios escalável dentro de um mercado enorme.

O objetivo é fazer o que fizeram startups como Google, Facebook, Amazon: crescer e dominar mercados.

Em todo o Brasil, estima-se que existam cerca de 62 mil empreendedores e 6 mil startups. O número é mais do que o dobro registrado há seis anos, quando o país ainda começava a discutir o modelo e a perceber o nascimento desse novo mercado.

Como é possível notar, o modelo amadureceu e o país virou um celeiro de startups. Tanto que, hoje, é possível até investir e ganhar muito dinheiro com isso!

Deseja saber como?

Neste post vamos destacar quais são as startups que fizeram o ambiente de inovação brasileira se tornar um celeiro de unicórnios – startups que valem mais de US$ 1 bilhão.

Vamos falar ainda sobre como você pode aproveitar a área para investir e adquirir participação em uma startup.

Startups brasileiras inovadoras: como está o mercado

As startups brasileiras estão muito valorizadas. Por aqui, o investimento de venture capital deu salto nos últimos anos, principalmente após 2018.

É o que mostra, por exemplo, o estudo Panorama da Indústria Brasileira de Private Equity, Seed e Venture Capital, com dados entre 2011 e 2018, elaborado em conjunto pela Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP) e a consultoria KPMG.

Segundo a publicação, o volume de capital investido se manteve relativamente estável nos anos entre 2015 a 2017, oscilando de R$ 1,2 bilhão para R$ 900 milhões.

Só que em 2018 o mercado explodiu: atingiu os R$ 6 bilhões investidos em startups.

Um dos símbolos dos investimentos massivos em startups é o fundo de investimento Softbank. Em março, a instituição japonesa desembarcou na América Latina, criando o Innovation Fund para investir em startups da região.

Neste processo, o que vimos foi o Brasil puxando a fila dos investimentos, já que, em seguida, houve uma série de aportes em startups brasileiras.

Mais à frente neste post, vamos falar sobre algumas delas.

A primeira startup brasileira de sucesso: Buscapé

Se hoje a inspiração é o Nubank, 99 ou o Quinto Andar, há 20 anos todos miravam no exemplo do Buscapé.

A startup nasceu como um site de comparação de preços online – um serviço inédito no Brasil na época.

Então imagine.

Anos 2000, demanda de consumidores crescendo por pesquisas e preços online.

Não demorou muito para que a plataforma conseguisse um número importante de usuários e clientes.

Os sites pagavam uma comissão ao Buscapé quando os usuários do comparador de preço fossem direcionados às suas lojas online.

Nos primeiros anos de operação, o Buscapé recebeu vários aportes de bancos como Merrill Lynch e Unibanco.

Até que, em 2009, o conglomerado de mídia sul-africano Naspers adquiriu o controle total do Buscapé por 342 milhões de dólares.

Para se ter uma ideia do tamanho do negócio, se um investidor inicial do Buscapé tivesse hipoteticamente investido US$ 500.000 na empresa em seus primeiros anos, em 2009, ano da venda, o investimento teria virado U$37.500.000

Isso seria um retorno de mais de 75 vezes sob o valor investido.

Quem são os unicórnios?

O Buscapé não chegou a se tornar um unicórnio, mas colocou o empreendedorismo brasileiro em uma posição de destaque dentro do ecossistema de startup.

Quem teve a honra de ser a primeira foi a 99.

Conforme falamos, unicórnio são startups que valem mais de US$ 1 bilhão.

A seguir, vamos apresentar cada um dos unicórnios brasileiros, a começar por quem desbravou o mercado.

99

Quando virou unicórnio: janeiro de 2018

A 99 é um aplicativo de mobilidade urbana criado pelos empreendedores Renato Freitas, Ariel Lambrecht e Paulo Veras. Ela conecta taxistas e motoristas com passageiros precisando de carona.

Após 6 anos de fundação, em 2018, a empresa foi adquirida pelo equivalente a US$ 1 bilhão pelo grupo chinês Didi Chuxing. O aporte foi responsável por fazer da 99 o primeiro unicórnio brasileiro.

PagSeguro

Quando virou unicórnio: janeiro de 2018

Não é toda startup brasileira que se torna unicórnio por meio de uma rodada de investimento privado. A empresa de meios de pagamento ultrapassou o valuation de 1 bilhão ao abrir seu capital na bolsa de valores de Nova York em janeiro de 2018.

O movimento foi um dos maiores sucessos de abertura de capital (IPO) de companhias brasileira fora do país. A empresa vale hoje mais de US$ 10 bilhões.

Vale notar que alcançar a IPO é o sonho para muitos investidores de startups, pois é um momento em que, muitas vezes, ele consegue vender seu equity na startup, realizando retornos incríveis.

Nubank

Quando virou unicórnio: março de 2018

Dois meses após o primeiro unicórnio surgir, o Brasil ganhou a sua terceira startup brasileira para entrar para o seleto grupo. Para chegar lá, a fintech recebeu US$ 150 milhões do fundo russo DST Global.

A história da startup não parou por aí. O Nubank desde então continuou se capitalizando e, em julho deste ano, se tornou a primeira startup brasileira deca-unicórnio, ao receber US$ 400 milhões do fundo americano TCV, chegando à avaliação cerca de US$ 10 bilhões.

Já imaginou se você conseguisse investir na Nubank em 2013 quando estava apenas começando?

Arco Educação

Quando virou unicórnio: setembro 2018

De todos os unicórnios brasileiros, a startup é a mais discreta.

A companhia fornece soluções educacionais para o ensino básico, desenvolvendo conteúdo, tecnologia e serviços para alunos e escolas privadas.

A edutech realizou uma oferta pública inicial de ações de US$ 210 milhões na Nasdaq em setembro de 2018. Um ano após o IPO, a empresa vale US$ 2,4 bilhões.

Stone

Quando virou unicórnio: outubro de 2018

A empresa de meios de pagamento foi outra que entrou para o clube dos unicórnios após abrir capital na bolsa de valores de Nova York em 2018.

Fundada pelo carioca André Street em 2012, a startup cresceu em um mercado dominado pelas empresas Rede e Cielo. O destaque, claro, reflete o valor de mercado. A fintech vale mais de US$ 10 bilhões.

iFood/Movile

Quando virou unicórnio: novembro de 2018

Uma das startups mais valiosas dos consumidores brasileiros, o iFood tornou-se unicórnio após receber um aporte de US$ 500 milhões de dólares.

Com isso, a startup de delivery de comida tornou-se um unicórnio e, de quebra, levou junto a sua dona, a Movile, a se tornar outro.

Loggi

Quando virou unicórnio: junho de 2019

A empresa de entrega foi a primeira startup a virar unicórnio em 2019. O Softbank, que já vinha investindo em startups brasileiras, liderou um aporte de US$ 150 milhões.

Liderada pelo francês Fabien Mendez, a Loggi já partiu para uma expansão de seus negócios. A startup pretende, até 2024, operar em quase 100% do território nacional.

Gympass

Quando virou unicórnio: junho de 2019

Alguns dias depois da Loggi, foi a vez dos fundos Softbank e General Atlantic investir US$ 300 milhões na Gympass, o serviço de assinatura de academias.

Criado pelos empreendedores Cesar Carvalho, Vinicius Ferriani e João Thayro, em 2012, o Gympass atende mais de 2 mil empresas para oferecer sua plataforma com 47 mil academias em 8 mil cidades de 14 países como um benefício corporativo.

QuintoAndar

Quando virou unicórnio: setembro de 2019

O terceiro unicórnio brasileiro do ano de 2019 teve algo em comum com os anteriores. Sim, o Softbank liderou a rodada de investimento que aportou US$ 250 milhões na startup aluguel de imóveis.

Presente em mais de 20 cidades brasileiras, a plataforma Quinto Andar vem ganhando escala ao oferecer ao mercado a oportunidade de alugar imóveis dispensando a necessidade de seguro fiança, fiador ou cheque caução.

Ebanx

Quando virou unicórnio: outubro de 2019

A startup de processamento de pagamentos foi o primeiro unicórnio da região Sul.

A startup curitibana, fundada pelo trio Alphonse Voigt, João del Valle e Wagner Ruiz, atingiu o valor de mercado acima de US$ 1 bilhão ao receber um novo aporte do fundo de private equity FTV, do Vale do Silício.

Wildlife

Quando virou unicórnio: dezembro de 2019.

Startup de jogos para celular.

A empresas de games nasceu em 2011, criada pelos empreendedores, engenheiros e irmãos Arthur Lazarte e Victor Lazarte.

A empresa de jogos para celular cresceu em média 80% nos últimos seis anos. A Wildlife Studios projeta atingir a marca de dois bilhões de downloads até o final deste ano. Alguns de seus 70 títulos são Sniper 3D e Tennis Clash.

Loft

Quando virou unicórnio: janeiro de 2020.

Startup de compra e venda de imóveis.

Fundada em agosto de 2018 pelo alemão Florian Hagenbuch, 32 anos, e pelo húngaro Mate Pencz, 33, a Loft compra apartamentos usados, faz reformas com empreiteiros parceiros e revende por valores até 45% maiores que o preço original.

3 principais investimentos do Softbank em startups brasileiras em 2019

Banco Inter – US$ 1 bilhão

Além do Nubank, há outras fintechs valiosas por aqui. Por isso mesmo, o Softbank optou por investir a quantia bilionária no Banco Inter, garantindo 10% da empresa em julho de 2019.

Dois meses depois, o fundo mostrou que queria mais. Elevou a participação para quase 15%, comprando novas ações, garantindo direitos extras com as operações da startup.

Creditas – US$ 231 milhões

A startup financeira Creditas recebeu US$ 231 milhões em investimentos liderado pelo Softbank. A injeção de capital ajudou a empresa na expansão internacional, por exemplo, com a abertura de um escritório no México.

A startup também anunciou a ampliação dos tipos de serviços, ao oferecer crédito consignado para profissionais do setor privado, financiamento de imóveis e de veículos online.

Madeira Madeira – US$ 110 milhões

Logo após o investimento no quinto andar, que já falamos no tópico anterior, o marketplace Madeira Madeira recebeu um investimento de US$110 milhões. O aporte foi suficiente para levar a startup a um valor de mercado de meio bilhão de dólares.

Startups brasileiras prestes a virarem unicórnios

O número de unicórnios brasileiros tende a crescer nos próximos anos.

Curiosamente, é interessante notar também que há um movimento de startups que não só estão mirando o valuation de mais de US$ 1 bilhão, como também já querem internacionalizar sua operação.

É o caso da Pipefy – uma plataforma de gestão de processos que ajuda a reduzir as ineficiências das empresas no dia-a-dia.

A empresa, que já recebeu US$ 65 milhões de aportes de fundos de investimentos, tem 60 mil usuários, e a metade do faturamento vem do exterior.

Outro caso é a startup Resultados Digitais (RD), plataforma de marketing voltada para pequenas e médias empresas, que montou escritórios na Colômbia e no México.

Em agosto de 2019, a RD recebeu um aporte de R$ 200 milhões, liderado pelo fundo Riverwood Capital e acompanhada pelos demais investidores da empresa TPG Growth.

ContaAzul, VivaReal, Grow, CargoX e Buser, que recebeu aporte do Softbank, também fazem parte do grupo das startups brasileiras promissoras para fazerem parte do grupo do bilhão.

Como investir em uma startup brasileira

Se depois de ver o sucesso de tantas empresas, você se interessou em investir em startups, saiba que você não está sozinho.

A modalidade de investimento em startup é nova no Brasil, mas está crescendo de forma acelerada.

Nos últimos anos, o número de investidores na modalidade registrou alta de 700%, passando de 1.099 para 8.966.

São investidores com planos para encontrar o possível novo Nubank, 99 ou o Quinto Andar.

Tanto interesse se justifica por um único motivo: nenhum outro investimento é capaz de gerar retornos potenciais tão interessantes como adquirir participação em startups.

O investimento pode ser feito através plataformas de investimento online em startups.

Nestas plataformas, você consegue fazer aportes em empresas que já operam, buscam crescimento de dois dígitos ao mês e desejam escalar o mercado – o que é ótimo para o investidor que deseja ter o seu retorno multiplicado.

São, na prática, startups no estágio em que um dia a 99, Gympass ou a Ebanx estiveram, antes de se tornarem alvo de grandes fundos de investimento.

E como consegue retorno?

O retorno pode ocorrer quando uma companhia maior compra uma startup que você tem participação, o que permite você vender a sua parte na negociação.

Ou ainda quando a empresa fizer uma oferta pública de ações na Bolsa, permitindo que investidores com participação vendam seus papéis.

E quanto tempo pode demorar para o retorno do investimento?

Não há um prazo estipulado para isso, mas é um investimento de médio ao longo prazo. No Brasil, é bom pensar que qualquer retorno potencial aconteceria entre 4 e 10 anos. Isso é o tempo que uma startup precisa para escalar, fazendo várias rodadas de investimento, rumo a um momento de “exit”.

Investir em startups é um jogo de longo prazo com o potencial de retornos incríveis. Os melhores investidores de startups aplicam uma estratégia específica para investir em startups.

Antes, oportunidades de investir em startups que tinha o potencial virar o próximo unicórnio foram reservadas apenas para investidores institucionais.

Mas hoje, por meio de fintechs de investimento em startups, você consegue comprar participação em startups totalmente online, com a mesma facilidade com que você compra ações na Bolsa.

E com esse acesso vem o potencial de investir no próximo unicórnio brasileiro.

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